segunda-feira, 21 de março de 2011

DEIXANDO UMA MARCA NO CMPA, LITERALMENTE

          Eu comecei a escrever a postagem anterior para narrar como foi o nosso (FUFA) ato de “homens das cavernas”, mas achei melhor separar. Então vamos lá.
          O que eu tinha em mente para a nossa pedra, era fazer uma marca para que cada pessoa que passasse por ela, parasse e olhasse. Mas eu sabia que isso não seria fácil. Eu já sabia o que queria desenhar, só não sabia como. O símbolo não parece tão complexo, mas desenhá-lo em uma pedra seria trabalhoso. O esforço não seria em vão, eu já expliquei por quê.
          Depois de um encontro no Clube de Radioamadores, eu e um colega (Vicente) ficamos planejando como desenhar o brasão, e combinamos de vir no dia seguinte para fazê-lo. Doze horas mais tarde estávamos nós no CMPA com o símbolo impresso em uma folha de papel e imaginando por onde começaríamos. Depois de tantas ideias, como riscar com um lápis por cima da folha, tentar fazer o desenho à mão, sujar de giz o verso da folha para marcar na pedra, e outras ideias malucas, finalmente encontrei uma maneira de concluir a missão, ou melhor, de começar. Coloquei o papel no chão, peguei um formão e comecei a martelar, levemente, o contorno do desenho. Retirei o papel, e pude ver um fraco, porém visível, traço na pedra. Foi o suficiente. Eu e o Vicente repetimos o procedimento em todas as linhas e curvas (que foi o mais difícil). Depois de um certo tempo, tínhamos um fraco brasão da FUFA no chão do CMPA. Estava tarde, e resolvemos voltar outro dia para terminar. Porém, no outro dia eu fui sozinho, ele não pôde ir. Eu apenas afundei os traços com um prego. Na terceira vez que trabalhamos, já tive o efeito que desejara. Todos os meus colegas, que também estavam gravando seus nomes nas pedras, viam o nosso desenho e ficavam impressionados, pois ele realmente estava muito bonito. O dia estava muito quente e o sol estava insuportável, a solução foi ficar segurando um guarda-chuva com uma mão e com a outra eu desenhava. Estavam lá dois assistentes, um que tirava as fotos (Ezequiel) e outro que segura o guarda-chuva (Alisson), quando eu cansei de segurar e desenhar ao mesmo tempo. Durante a manhã, alguns colegas perguntaram como eu fiz, me pediram dicas, ferramentas (um está com minha chave de fenda até hoje), tiraram foto comigo, até alguns professores paravam e ficavam olhando. Isso que ainda não estava pronto!
          Nosso grupo tem dois anos de fundação, superamos algumas barreiras para chegarmos até onde estamos. O primeiro passo do caminho foi nos tornarmos amigos; o segundo foi praticarmos remo; o terceiro passo foi a criação do brasão; o quarto foi a criação do blog; o quinto foi aumentar o número de membros do nosso grupo (de 5 para 8); o sexto passo foi criar um time para a Superliga; o sétimo foi aparecer inúmeras vezes no site do CMPA e o oitavo passo foi fazer história no Casarão da Várzea. História que ninguém nunca vai poder compreender, viver o que vivemos, mesmo que contemos todos os detalhes, de como exatamente aconteceu, só nós saberemos. Será coincidência entre o número de passos citados e o número de integrantes do nosso grupo? Não, pois se formos pensar bem, cada um contribuiu, com a sua maneira, para que isso acontecesse. É... não será tão cedo que seremos esquecidos.
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Vanderlei Amaral