domingo, 20 de maio de 2012

Integrantes da FUFA e do Clube de Radioamadores constroem amplificador de áudio

         Grande parte do material que há no Clube, para não falarmos tudo, foi doado tanto por quarteis quanto por amigos radioamadores. Uma dessas doações foi um receptor de CW (sinal em código morse). Como não íamos utilizá-lo, aproveitamos para usar seus conectores nas antenas que estávamos construindo. Fizemos três antenas dipolo: 10, 15 e 20m, só faltavam os conectores para o cabo coaxial. Depois de retirarmos todos os conectores achamos um CI, que era o amplificador de áudio do equipamento.
Conectores
          A parte mais trabalhosa foi tirar o CI da placa, e quando tiramos bastou procurar seu código na internet e encontrar seu Datasheet (http://www.electronica-pt.com/db/circuitos-audio.php?ref=UPC2002) . Os capacitores e os resistores nós retiramos dos próprios equipamentos que tínhamos no laboratório de Física, e os que faltaram, compramos.
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          Em uma outra placa fomos soldando os componentes do circuito do amplificador de áudio. Solda pra lá, resistor pra cá, ligação errada aqui, capacitor invertido …, mas no final estava tudo pronto e no devido lugar. Na hora de testar tiver alguns problemas, um deles era que um dos capacitores era para 6V, sendo que o circuito era para 13,2V, e outro era a provável não filtragem da fonte, que precisava ser em corrente contínua. Utilizamos então uma bateria, de 9V, que tínhamos certeza que seria corrente contínua, e… pronto! Estávamos ouvindo o som de um radinho passando pelo amplificador que nós mesmos construímos.
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          O gráfico de nosso progresso é uma reta com coeficiente angular positivo, ela não desce. Os desafios só vão aumentando. Já estamos pensando em construir o esquema de um receptor de VHF…
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Vanderlei Amaral

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Alfabeto fonético da OTAN

‎"O ALFA ficou BRAVO ao saber que CHARLIE, comissário de bordo da DELTA Airlines, dono de um ECHO esporte e um FOXTROT, foi de GOLF pro HOTEL, onde conheceu uma linda INDIA chamada JULIET. Ela era de LIMA, largou-o e casou-se com MIKE em NOVEMBER. Ganhou o OSCAR e foi abençoada pelo PAPA em QUEBEC. Outro azarado foi ROMEU que subiu a SIERRA, dançou TANGO de UNIFORM com VICTOR depois de tomar WHISKY, acordando com o X-RAY de um YANKEE chamado ZULU na mão..."

domingo, 1 de abril de 2012

Equipe do Colégio Militar é campeã do 2º Desafio de Robótica

          Assim como nos jogos Warcraft, onde o Lich King Arthas domina os reinos de Azeroth, o tanque Lich King, desenvolvido por alunos e ex-alunos do CMPA, dominou o 2° Desafio de Energia Solar Fotovoltaica-Robô de Sucata Eletrônica, neste primeiro dia de abril.
          O objetivo era carregar uma carcaça de mouse até um alvo, a 3m de distância, da maneira mais eficiente possível. Eram duas rodadas de 3min, e dentro do tempo podíamos carregar o mouse quantas vezes conseguíssemos.
          Chegamos cedo ao colégio para terminar os últimos detalhes, principalmente do controle. A última etapa que fizemos foi introduzir na parte superior da estrutura do robô um motor que puxasse uma bandeja. Com isso, quando o carrinho chegasse perto do mouse bastava levantar a bandeja, posicionar e abaixar, lembrando uma retroescavadeira. Funcionou, porém não do jeito que precisávamos. O motor que utilizamos foi do driver de CD de um computador, que é de 5V(+-), e a placa de energia solar fornece 20V. Para resolver isso usamos um potenciômetro, para regular a tensão que ia para o motor. Também funcionou, mas ele era muito sensível e difícil de controlar. Depois de alguns testes ele acabou queimando, a corrente da fonte deve ter sido demais para ele. Resultado: íamos simplesmente empurrar o mouse.
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          O carrinho Lich King funciona com quatro motores de 12V cada. Os dois motores da direita estão ligados em série, ou seja, precisam de 24V para funcionar normalmente. Podemos movê-los tanta para frente quanto para trás, através de uma “gambiarra” de fios que permite inverter a corrente. Os motores da esquerda têm exatamente o mesmo funcionamento dos da direita. Detalhe: cada par tem funcionamento independente. Podemos, também, ligar os quatro juntos com os mesmos 24V, pois eles estariam, nesse caso, um par em paralelo ao outro. Para dobrar, basta mover um dos pares para frente e o outro para trás. Aliás, nós brincamos de ficar girando o carrinho infinitamente, sem ele sair do lugar.
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          Para fazer o teste de empurrar, pegamos um mouse velho e dificultamos a situação. Coloquei um motor qualquer e um ímã de HD dentro dele. Quando tentei empurrá-lo o carrinho agiu como um legítimo tanque de guerra: simplesmente passou por cima do obstáculo. Então colocamos um pedaço de placa na frente das rodas, como um para-choque. Problema resolvido!
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          10h50min, hora de irmos para a Redenção. Chegando lá, nos deparamos com os projetos das outras escolas (um deles parecia que podia sair voando a qualquer momento). Projetos variados e muito bonitos. Uma das escolas se inspirou no Nicodemus 1, que foi feito a partir de um mouse. Infelizmente nem todos os robôs funcionaram. Eram sete escolas, e apenas três marcaram pontos. Na primeira rodada, uma delas marcou 100 pontos. Já havíamos medido a velocidade do robô, que é de mais ou menos 1m/s na velocidade máxima. Pedi aos meus companheiros que não fizessem pressão, e eles simplesmente fizeram os cálculos e exigiram 100 pontos a cada 9s. Quando chegou a nossa vez, posicionamos o tanque no ponto de partida e demos a largada. A superfície era muito lisa e isso dificultou um pouco as manobras, porém, arrecadamos 400 pontos (300 a mais do que o outro)! Na rodada seguinte o robô que tinha conseguido 100 pontos, recebeu alguns ajustes e marcou mais 400, totalizando 500 pontos. Um outro, que não havia marcado antes, também recebeu ajustes e conseguiu 400 pontos (se não me engano). Uma pequena pausa. Em nossa segunda rodada mostramos um trabalho em grupo que deu um show de eficiência. Quando o mouse chegava ao alvo, podíamos pegar o carrinho e o próprio mouse com as mãos e reposicioná-los. Havia quatro alunos nessa função: um no controle, outro segurando o fio, outro preparado para pegar o mouse e o último para pegar o carrinho. O movimento foi tão rápido, que conseguimos nada menos do que 500 pontos, totalizando 900. No final recebemos os cumprimentos das outras equipes e de um aluno do Parobé. Eles receberam nossos iguais cumprimentos.
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          No final recebemos as medalhas e certificado entregues pela equipe organizadora e pelo Prefeito Fortunati. Tudo isso com o Casarão da Várzea como plano de fundo.
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          O nome da equipe chama-se Centenário CMPA.

domingo, 25 de março de 2012

Escrever é fácil

          “De todas as artes, a de escrever é a mais fácil, indolor e alegre forma de passar o tempo. Por exemplo, neste momento estou sentado no meu roseiral digitando no meu novo computador. Cada rosa representa uma história e graças a isso nunca me falta o que escrever. Eu simplesmente olho profundamente para dentro do coração da rosa, leio a sua história e a digito, coisa que gosto de fazer de qualquer modo. Eu poderia estar digitando “kijfiu joewmy jiw” que me daria o mesmo prazer de palavras que fazem algum sentido. Eu simplesmente adoro o movimento dos meus dedos batendo nas teclas. Às vezes, é verdade, a agonia visita a mente do escritor. Quando isso acontece, eu paro de escrever e relaxo tomando um café no meu restaurante favorito, sabendo de antemão que as palavras podem ser mudadas, repensadas, retocadas e, finalmente, negadas, é claro. Os pintores não podem se dar a esse luxo. Se forem à lanchonete, suas tintas podem secar e se transformar em uma massa dura.”
          Faço minhas as palavras acima, exceto a palavra “café”, que eu trocaria por lasanha. O parágrafo acima eu retirei de um livro, escrito por Steve Martin (esse mesmo, o ator). Desde pequeno sempre li bastante, e minha mãe sempre contava histórias para mim. Bastava escolher um livro na biblioteca do colégio, chegar em casa e adormecer com a voz dela lendo as páginas. Isso me despertou a vontade de inventar as minhas próprias histórias. Li uma vez em um blog a seguinte frase: “para escrever bem, é preciso ter a coragem de escrever mal”. Isso me deixou muito feliz.
          E como dizem, todo bom escritor foi antes um bom leitor. Mesmos os autores mais consagrados se baseiam em outras obras para escrever. Com o tempo, é claro, eles ganham experiência, e vão tornando seus livros cada vez mais originais, criando seus estilos próprios.
          Imagine a complexidade de uma simples leitura, como esse texto, por exemplo. Você não precisa ler todas as letras de cada palavra, apenas lê a primeira e a última, as outras podem até estar embaralhadas. O nosso cérebro reconhece automaticamente a palavra, simplesmente porque ele já viu ela em outro lugar. Não é preciso, também, ler palavra por palavra, até porque assim nossa leitura ficaria muito pausada. É só você passar os olhos por essa linha, onde diz: “pausada. É só você passar os olhos por essa linha, onde diz”, que nosso cérebro faz todo o processo da leitura-entendimento. As preposições e artigos, que costumam ser as menores palavras, mal são enxergadas, mas como já conhecemos o formatos das letras, e os possíveis locais delas em uma frase, entendemos completamente a mensagem.
          Todavia, nem todos conseguem essa façanha. É preciso treino, muito treino para isso. Está aí a grande importância da leitura: estimular o funcionamento do cérebro. Ora, temos uma “máquina” de grande potencial dentro (literalmente) de nossas cabeças, e seu único combustível é o estímulo.
          Comecei escrevendo sobre livros. Talvez daqui a alguns anos você possa estar passando em frente a uma livraria e, quem sabe, descobre um livro com o título: Forças Unidas do Fundo da Aula.
Vanderlei Amaral

quinta-feira, 15 de março de 2012

2° Desafio de Robôs Movidos a Energia Solar

          A prefeitura lança em abril o 2º Desafio de Energia Solar Fotovoltaica – Robô de Sucata Eletrônica entre estudantes dos níveis médio, fundamental e técnico da Capital. A ideia é promover a construção e mobilidade de um Robô Experimental, com design moderno, criativo e sustentável movido à energia solar e confeccionado com peças de sucata eletrônica.

          Estão abertas as inscrições das escolas para participar do concurso. Depois do grande sucesso da primeira edição, o evento agora será promovido pelo Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), e acontecerá no dia 1º de abril, das 9h às 14h, no Parque Farroupilha (Redenção), ao Lado do Monumento ao Expedicionário.

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Inovação - O grande desafio é estimular os acadêmicos a desenvolverem projetos científicos e inovadores de geração de energia elétrica a partir de uma placa de energia solar fotovoltaica. Os projetos serão avaliados em duas categorias (uma tarefa com pontuação e uma apresentação livre) por uma comissão multidisciplinar composta por professores técnicos e também doutorandos em engenharia e física.

          As ferramentas de sucata tecnológica para a montagem desse protótipo de robô serão compostas por peças de informática e periféricos descartados, na empresa de reciclagem Trade Recycle. A PUCRS fornecerá as placas de energia solar, que estarão disponíveis nas pistas de competição produzidas de chapa galvanizada, para garantir a realização do concurso e a mobilidade dos robôs.

          A finalidade é garantir a sustentabilidade ambiental, promovendo, assim, a reciclagem e o reuso dos componentes. Os alunos e os componentes da comissão julgadora receberão ao final da prova um troféu e o certificado de participação.

          Mais informações do Regulamento do Concurso com Paulo Eberhardt no Inovapoa pelos telefones (51) 3289-7312 e 3289-7313.

Fonte: http://www.inovapoa.com/default.php?p_noticia=150006&2O+DESAFIO+DE+ENERGIA+SOLAR+COM+ROBOS+RECEBE+INSCRICOES

terça-feira, 13 de março de 2012

Braço robótico de plástico dispensa eletricidade e motores

Cientistas chineses construíram um braço robótico simples, mas extremamente forte, que não usa motores e nem qualquer controle eletrônico.

Como dispensa inteiramente as conexões físicas e elétricas, o braço robótico representa uma prova de conceito extremamente promissora para o desenvolvimento de manipuladores biocompatíveis ou para a coleta de amostras ambientais.

E não é tudo. Construído com um músculo artificial especial, o funcionamento do braço robótico é inteiramente controlado com luz visível.

Músculo artificial CLCP

O braço robótico é formado inteiramente por uma fita composta por duas camadas de plástico. O primeiro é o bem conhecido e inerte polieteno.

Mas o segredo está no segundo polímero, um tipo de músculo artificial chamado polímero de cristal líquido reticulado, ou CLCP (Cross-linked Liquid Crystalline Polymer).

Quando é iluminado com luz azul, o CLCP se contrai, forçando a camada de polieteno ao qual está grudado, o que faz com que toda a fita se dobre. Assim que a luz é desligada, o comportamento do músculo artificial é revertido e o braço volta à posição original.

A equipe do Dr. Yanlei Yu, da Universidade Fudan, uniu estruturas adequadamente dimensionadas para formar um ombro, um cotovelo e uma mão, formando um braço robótico totalmente funcional.

A operação do mecanismo pode ser totalmente controlável, bastando iluminar seletivamente as diversas porções feitas com fitas independentes de músculo artificial.

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Conversão de luz em movimento

Os pesquisadores relatam em seu artigo que seu microrrobô é capaz de levantar objetos pesando 10 vezes a massa combinada de todos os seus componentes.

A força por unidade de área que ele gera alcança 300 kPa - para comparação, os músculos do corpo humano produzem 320 kPa.

Os pesquisadores apontam que, ao converter a luz diretamente em movimento mecânico, seu microrrobô poderá ser usado em micromanufatura, manipulando pequenas peças em linhas de produção, simplificando-as e reduzindo o consumo de energia.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=braco-robotico-plastico&id=010180100816

segunda-feira, 5 de março de 2012

RETORNO

          O blog da FUFA irá voltar a ativa a partir de agora. Iremos postar artigos interessantes sobre diversos assuntos, como faculdade (alguns cursos), acontecimentos relacionados ao CMPA (este ano é comemorado seu centenário), clubes que participamos, radioamadorismo, enfim, qualquer novidade que acharmos interessante. Em breve a interface também será atualizada, e melhorada. O objetivo disso tudo é não parar com o funcionamento da página e sim usá-la para nos expressar.
          Talvez retomemos o sucesso (pequeno, mas que para nós era gratificante) de outrora, talvez não, mas creio que o nosso grupo ainda tem muito para produzir. Nossos sonhos eram grandes, com certeza. Já imaginamos projetos ousados que talvez venham a existir, e só há um jeito de descobrir.
          As cento e vinte palavras acima só serviram para a postagem não ficar vazia. O fato é que o blog vai voltar a funcionar. Ponto.


Vanderlei Amaral