“TODO MOVIMENTO VIBRATÓRIO QUE ATÉ HOJE, COMO NO FUTURO, PODE SER TRANSMITIDO ATRAVÉS DE UM CONDUTOR, PODERÁ SER TRANMITIDO ATRAVÉS DE UM FEIXE LUMINOSO; E, POR ESSE MESMO FATO, PODERÁ SER TRANSMITIDO SEM O COCURSO DESSE AGENTE(LANDELL DE MOURA).”
Não é a primeira vez que fazemos a modulação do raio laser, porém nunca antes havíamos feito essa experiência com um laser de luz monocromática verde. Com uma potência de saída máxima de 300mW, o laser verde é muito mais eficiente que o laser vermelho (os comuns de lojas de comércio), com 1mW de saída máxima.
Pela manhã, dois de nós continuamos a fazer o equipamento, que mais tarde seria usado para modular o raio laser. No laboratório de física, fizemos, sozinhos, tudo que faltava para ser feito, como cortar, descascar e soldar alguns fios. Já pela tarde, chegou mais um membro do clube e, com sua ajuda, finalmente terminamos o pequeno sistema elétrico. Chegou a hora de testar o equipamento. Conectamos uma das pontas do fio na entrada do microfone do computador, e a outra, que tinha o fototransistor, nós fixamos em um suporte de metal. A cerca de cinco metros de distância, colocamos o laser(de luz verde) apontado para o fototransistor. Isso fez com que as caixas de som do computador produzissem um som, mas como não havia uma variação na luz, o som não era contínuo. Por isso, a alimentação do laser estava sendo interferida pela saída do fone de ouvido de um pequeno rádio FM. Perfeito. Estávamos ouvindo a rádio Gaúcha sendo transmita pela luz(WIRELESS…). Notamos que para se ter uma melhor qualidade de som, o melhor é não apontar o laser exatamente para o fototransistor, e sim para um local muito próximo, já que ele é feito para captar infravermelho. Estávamos, propositalmente, trabalhando com uma das descobertas do Pe. Landell de Moura: a transmissão da voz humana por ondas eletromagnéticas.
Cinco metros? Isso não era o suficiente para nós, afinal Landell fez sua primeira demonstração de transmissão de voz sem fio a uma distância de oito quilômetros, em São Paulo. Já com todos os integrantes presentes, nós pensamos em fazer a experiência a uma longa distância (para nós), já que havia um laser mais potente. Simplesmente, multiplicamos a distância por 10. Fixamos o laser a 50 metros do laboratório de Física. O trabalho para mirar a luz no fototransistor foi árduo, mas pudemos descobrir um fato curioso com isso. Usávamos uma folha branca para ajudar na mira, e percebemos que a luz do laser na folha tinha um diâmetro muito maior do que na sua saída. O diâmetro da luz na folha tinha cerca de cinco centímetros, isso a 50 metros, sendo que seu alcance é de seis quilômetros. Mas nós conseguimos, sim, ouvir a rádio no laboratório com o laser a 50m.
Acompanhe a segunda parte do encontro na próxima postagem.
Vanderlei Amaral
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